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quinta-feira, 15 de abril de 2010

COISAS DE MOMENTO

Gerações transformadas. Ou não.

A coluna do mês seria sobre ditados populares, coisas que nós falamos em determinados momentos e resumimos tudo. E esse resumo acaba sendo feito de forma engraçada. Frases que existem há anos e sobrevivem na boca do povo. Será que mais vale um pássaro na mão que dois voando? Coitado do pobre pássaro preso na mão, privado da liberdade. Ok, não estamos falando do pássaro de verdade, usamos normalmente para falar de dinheiro. Dizem também que “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”! Nossa, que forte, não? Ah, não se atrevam a deixarem a torneira aberta batendo em um pedaço de pedra por horas a fio esperando um buraquinho que seja aparecer ali. A conta virá alta e o desperdício enorme. Esses ditados passaram de uma geração pra outra. E essa coisa de geração passar coisas pra outra não ficou só nos ditados. Um mais velho ensinou ao mais novo que comer leite condensado é bom, ensinou a andar de bicicleta e até a falar ou não palavrões. O pai ensinou ao filho o trabalho de pedreiro, de padeiro, de agricultor. A mãe ensinou à filha como costurar, pintar unhas e qual a utilidade do absorvente. O interessante chega agora! As novas gerações aprendem, buscam no fundo do baú e transformam. Um pai pode ensinar à filha o trabalho de pedreiro e ela ir longe, buscar a engenharia. O menino pode mudar coisas na costura e descobrir-se um grande estilista. A fórmula do leite condensado já mudou, as pessoas querem carros e não bicicletas e os palavrões... até os palavrões já mudaram, acredite!


Nessa mudança toda, ouvia uma música do Lobão. Esse os mais velhos conhecem. Eis que a nova geração pegou a música e a transformou. A música é “Me chama”, foi regravada por uma cantora de nome Babi e está na trilha sonora de uma novela adolescente. Essa os mais novos conhecem. A letra é a mesma, a forma de cantar é outra. O público é outro. O Brasil é outro. O mundo é outro. A letra é a mesma, só direcionada pra outra pessoa em outro tempo. O Lobão conta a história com seu jeito revoltado de ser. Babi já tem um tom suave na voz. Batidas, melodias, ritmos diferentes. “Chove lá fora e aqui tá tanto frio. Me dá vontade de saber aonde está você. Me telefona, me chama”. A letra é essa. O frio é igual, antes sentido por uma mãe, hoje sentido pela filha que espera o príncipe encantado.


A música termina dizendo que “nem sempre se vê mágica no absurdo...”. Sim, leitores, por 'fora bela viola, por dentro pão bolorento'. Essas mágicas no absurdo continuam as mesmas, passadas de geração em geração tais como os ditados. São momentos mágicos vistos em absurdos. Um momento mágico... Vivemos nele. É o que dizem. Não dizem os populares, dizem aos populares. Mágico! Momento mágico!

POR: Fred Nogueira


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